Qualquer que seja a oferta desportiva, o cliente deveria ter sempre à sua disponibilidade um conjunto de informações e características que o levem a escolher "este desporto e neste sítio".
Essas informações podem ser, por exemplo, como chegar ao local da atividade; alojamentos, restauração e transportes disponíveis e seus respetivos preços; onde encontrar lojas de equipamentos para a atividade; quais as tradições locais (comida, festividades...); o património local e nas proximidades; informações sobre a flora e a fauna, e também que outras atividades se podem fazer.
Deste modo o cliente ficará esclarecido, com mais possibilidade de escolha e instruído de uma diversidade de informações complementares que o ajudarão a decidir.
Para além do cliente, ganha também a região, que promove a sua cultura e apela ao consumismo local, disponibilizando um conjunto de situações complementares, mas necessárias, à atividade desportiva.
Assim, aos amantes desportivos, sempre que procurarem desporto de natureza, procurem algo onde se disponibilize estas características, porque certamente usufruirão de muita mais oferta e sentir-se-ão bem mais completos: em termos desportivos e culturais.
Aos profissionais desportivos, divulguem todas estas informações, pois certamente que captarão mais clientes e a economia local agradece!
Fico à espera de opiniões, lançando desde já a questão, se a divulgação de todas estas características seria um fator decisivo para escolher "este desporto e neste sítio".
Após a leitura do artigo, logo a mente me remeteu para um artigo já lido há algum tempo atrás.
ResponderEliminarMas antes de lá ir, deixo aqui a opinião de que sim, são factores decisivos a divulgação de todas as características da zona em que se desenrola a actividade, pois poderá ser factor decisivo para a escolha.
Um aspecto que não concordo neste artigo. Ainda que pagando, nenhum praticante desportivo, seja lá em que modalidade for deverá ser chamado de "cliente". É certo que compra um serviço, usufrui desse serviiço, mas naminha óptica, a palavra cliente e desporto não jogam na mesma equipa.
Agora em relação ao primeiro ponto que referi, o dito artigo. E é um artigo importante. Dá pelo nome de "Carta Europeia do Desporto".
Dentro desta carta estão vários pontos importantes que nunca devem ser esquecidos e que lanço aqui para leitura e discussão:
Artigo 1º, Ponto 1 - Dar a cada indíviduo a possibilidade de praticar desporto;
Artigo 1º, Ponto 1, Alinea B - Assegurar a cada um a possibilidade de praticar desporto e de participar em actividades físicas e recreativas num ambiente seguro e saudável
Artigo 1º, Ponto 1, Alinea C - Assegurar a quem manifestar tal desejo e possuir as competências necessárias, a possibilidade de melhorar o seu nível de rendimento(...)
Artigo 4º, Ponto 1 - O acesso às instalações ou às actividades desportivas será assegurado sem qualquer discriminação fundada no sexo, raça, cor, língua, religião, opiniões políticas ou outras(...)
Artigo 4º, Ponto 2 - Tomar-se-ão medidas tendo em vista dar a todos os cidadãos a possibilidade de praticarem desporto e, se for caso disso, medidas suplementares para permitir aos jovens que apresentam potencialidades, assim como às pessoas ou grupos desfavorecidos ou deficientes, aproveitarem realmente estas possibilidades
Artigo 4º, Ponto 3 - Dado que a prática do desporto depende, em parte, do número, da diversidade das instalações e da sua acessibilidade, cabe aos poderes públicos fazer a sua planificação global, tendo em conta as exigências nacionais, regionais e locais assim como as instalações públicas, privadas e comerciais já existentes (...)
Penso que estes são os pontos a retirar da carta europeia e que permitira assim alguma discussão. A quem não conhece a carta de que falo, e anda no mundo desportivo, aconselho vivamente à sua leitura.
Ainda que percebendo o ponto de vista, um praticante desportivo, que paga para efectuar uma atividade, é, do ponto de vista de quem organiza a atividade, um cliente.
ResponderEliminarEm relação à carta, ela é de fato uma referência para todos os praticantes, mas principalmente para os organizadores de todas as atividades. Deve ser respeitada, pois só assim o desporto de natureza poderá ser praticado por todos e de igual forma. E para além disso, serão também mais visíveis os aspetos económicos e socio-culturais, que já abordei em cima.